BELO MONTE NÃO!



Diversos especialistas vêm questionando a estimativa de produção de energia e a viabilidade econômica da hidrelétrica. Segundo Celio Bermann, assessor do Ministério de Minas e Energia em 2003 e 2004 e professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, e Oswaldo Sevá, professor do Departamento de Energia da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, a quantidade de água disponível para rodar a usina na capacidade de 11 mil MW estará disponível apenas três meses ao ano. Durante setembro e outubro, os meses de estiagem, a usina mal chegará a produzir 1 mil MW. 

As estimativas de investimento iniciaram em 19 bilhões de reais e, atualmente, as empresas envolvidas na obra dizem que ela não sairá por menos de 30 bilhões. Segundo Roberto Smeraldi, jornalista e diretor da OSCIP Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, se contabilizados os custos ambientais e sociais, esse conta ultrapassaria os 44 bilhões de reais.

Além das questões econômicas, a construção de Belo Monte traz consigo diversos problemas ambientais e sociais. A inundação de áreas florestadas causa o apodrecimento rápido da matéria orgânica, acidificando a água, diminuindo o oxigênio disponível para os animais que vivem no rio e emitindo metano, um gás do efeito estufa 21 vezes mais forte que o gás carbônico. Usinas que começaram a ser construídas na década de 70, como Balbina, ainda soltam metano na atmosfera.

Diversos problemas sociais advêm de obras desse porte, segundo o relatório do Instituto Sócio Ambiental sobre hidrelétricas no rio Xingu e testemunhos de líderes comunitários de Altamira. Os resultados sociais são muito diferentes daqueles propagandeados no início do projeto. 

Dentre os diversos problemas citados, estão o modo precário em que a realocação das famílias é feita, o não pagamento de indenizações, o aumento nos índices de prostituição infantil e de criminalidade e a insegurança alimentar e hídrica.

Segundo Sérgio Abranches, tanto as mudanças no Código Florestal, quanto a construção da usina de Belo Monte são marcados pela falta de transparência e pela distorção dos fatos, “apresentados como técnicos e discutíveis, quando são parciais e discutíveis”.
---------------------------------------------------------------------------
A HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE É UMA VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS E UMA AMEAÇA À INTEGRIDADE AMBIENTAL DO PAÍS!

O que é? Trata-se da maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. Alegando a necessidade de aumentar a produção energética do país para acompanhar o desenvolvimento econômico, o Governo Federal, contrariou a comunidade científica e os direitos das comunidades tradicionais para aprovar, em 2010, a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu.



Por que somos contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte?

Ineficiente do ponto de vista energético: Belo Monte vai produzir, em média, apenas 39% dos 11 mil MW prometidos. No período de seca do rio, a produção será muito menor. Além disso, a maior parte dessa energia será enviada para indústrias mineradoras de exportação, ou seja, poucos benefícios para a produção econômica nacional e desenvolvimento social.

Economicamente inviável: A construção da hidrelétrica vai custar R$ 30 bilhões. 80% desse dinheiro virá do BNDES, dinheiro proveniente dos impostos que pagamos, e que será destinado às empreiteiras que financiaram as campanhas eleitorais. Para essa mesma potência em uma usina termossolar, seriam necessários apenas 20,1 bilhões de reais, sem quase nenhum dano ambiental ou uso de terras produtiva. Empresas particulares saíram do Consórcio da usina porque, depois de pronta, será um péssimo negócio.

Estratégicamente Desnecessária: Segundo Célio Bermam (especialista em energia da USP), a repontenciação das turbinas de hidrelétricas com mais de 20 anos poderia gerar mais de 8 mil MW de energia. Além disso, temos hoje um índice de 15% de perda na transmissão. Este índice baixado para 6% - padrão mundial – equivale à geração de 6.500 MW, quantia maior do que aquela estimada para Belo Monte, porém sem gerar impactos sociais e ambientais como os da hidrelétrica. 


Impactos Socioambientais
Belo Monte alagará cerca de 640 Km2 (área maior que a cidade de Curitiba); A inundação da floresta causará o desaparecimento de 273 espécies de peixes, além de apodrecimento rápido da matéria orgânica, acidificando a água, diminuindo o oxigênio da água, modificando assim toda sua vida aquática e contribuindo ostensivamente para o aquecimento global.

Cerca de 30 mil pessoas serão diretamente afetadas, perdendo casas, terras, trabalho e futuro. No caso das comunidades tradicionais - índios, quilombolas e ribeirinhos - também teríamos um impacto irreversível no seu sistema simbólico e cultural, construídos por séculos e com valor imensurável na cultura brasileira e mundial. O histórico mostra que as comunidades afetadas por hidrelétricas nunca são devidamente compensadas.

Cerca de 100 km de rio secarão, deixando indígenas, ribeirinhos e agricultores sem pesca e navegabilidade, mas com muita malária, dengue e outras doenças;

Cerca de 100 mil pessoas devem chegar à região, atraídas pela usina. No pico da obra serão contratadas 19 mil. O que farão os outros 81 mil em uma região com alto número de conflitos, violência e desmatamento?;

40% das medidas de mitigação de impactos, como hospitais, escolas, projetos de saneamento e de segurança, etc. não foram cumpridos pelo Consórcio até agora;

O Ministério Público já entrou com 11 ações contra ilegalidades de Belo Monte;

Belo Monte é um projeto ilegal do ponto de vista jurídico. É questionado pela Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, está diluindo a FUNAI e FUNASA e já está destruindo a vida do povo do Xingu. Além disso, diversos índios estão sendo ameaçados por serem contra a construção da usina.

40 pareceres científicos contestam os estudos de impacto ambiental e social, sugerindo que os mesmos foram comprados pelas empreiteiras sob a complacência do poder público.





Diante de tantos impactos socioambientais e tendo alternativas energéticas a toda esta problemática, por que então o governo persiste em levar a cabo este projeto?

Quem serão os verdadeiros beneficiados?

Você concorda em financiar esta atrocidade?

Junte-se a nós!



Pelas Florestas; Pela Água; Pelo Solo;
Em solidariedade aos povos do Xingu;
Pela justiça e pela ÉTICA!
Por todos nós!

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Sweet Tomatoes Printable Coupons